domingo, 3 de junho de 2012



Regis: Um Menino no Espaço
Um pouco do primeiro capítulo
O sequestro

Às onze e meia da manhã, do dia vinte e cinco de Março do ano um mil novecentos e oitenta, na Escola Estadual de Primeiro Grau Marcos Trench, na cidade de Penápolis, estado de São Paulo, Brasil, América do Sul, planeta Terra, sistema Solar, desta mesma Via Láctea, soara o sinal, indicando o final das aulas, para aquele dia.
Eu, nove anos de idade, branco de cabelos e olhos castanhos, cursava a terceira série do primário. Saíra da escola, acompanhado por Elizabeth, minha colega de classe e companhia desde o pré-primário. Ela, uma garota de minha idade, morena clara, cabelos negros, lisos, longos e muito bonita; acho que a mais bonita de toda a escola.
Juntos, seguíamos de volta à nossas casas, distante aproximadamente três quilômetros.
Subimos à Rua Jácomo Paro e ao adentrarmos à Rua Antonio Veronese, atrás da Casa Anjo da Guarda, lhe convidei:
—Beth vamos pelo caminho do aeroporto!
—Por quê? — perguntou-me ela, espantada.
—Por nada! Eu só queria passar por lá! Não precisa ter motivos!
—E você acha que isto é convite que um menino faz a uma garota?
—Por que não?
—Quem você pensa que eu sou Regis?
—Uma menina bonita! — Afirmei rindo.
—No aeroporto tem mato!
—Têm trilhas!
—Continua tendo matos!
—E o que tem isso?
—Muita coisa! — Disse-me ela brava.
— Por favor, Beth, não pense mal de mim!
—Quem você pensa que eu sou pra andar no mato com meninos?
—Desculpe-me, não estou com má intenção!
—Quer ir por lá, que vá você! Eu irei pelo caminho de sempre!
—Você não se importa, se eu for por lá?
—Claro que não! Eu não mando em você!
—Então tchau! Vá direto pra casa!
—Afinal de contas, o que você vai fazer no mato?
—Apenas atravessá-lo! Tchau!
Ela seguiu o mesmo caminho de sempre e eu, por outro, atravessando pelo aeroporto, que realmente era cercado por um mato muito denso.
Ao estar aproximadamente no centro daquele cerrado, percebi um forte zumbido de motor, vindo do alto. Olhei para cima e avistei um estranho objeto, que se aproximava muito rápido. Quis sair correndo, mas não consegui; estava paralisado por aquela visão, que: ou eu estava dormindo, ou era bem real.
O objeto pousou a apenas uns quatro metros de distância. Era um desses objetos que o homem diz: OVNI. Um verdadeiro disco voador. De qualquer forma, algo muito bonito, em cores: preto e dourado e muito grande.
Uma rachadura em formato oval se formou de repente na parte inferior do estranho objeto, formando o que seria a porta, se abrindo lentamente, por onde apareceu um vulto humano, trajando riquíssimas vestes de seda azulada. Quando pensei em fugir, o ser me chamou:
—Pare Regis!
Parei, olhando para ele, que me ordenou, fazendo gestos com o dedo indicador:
—Se aproxime.
Não sei por que, mas ao contrário de que mamãe sempre me aconselhou, de não me aproximar ou falar com estranhos, obedeci sua ordem. Quem era aquele estranho em forma de humano que sabia meu nome? Ao me aproximar da porta, ele se afastou e me ordenou:
—Entre, por favor!
Permaneci parado por alguns segundos, depois adentrei naquele estranho veículo. A porta se fechou rapidamente e eu estava dentro de uma grande sala. O homem, moreno, cabelos escuros, curto e bem penteado, de uns vinte e cinco anos de idade, me saudou:
—Bem vindo à bordo, Regis!
—Quem é o senhor? — Perguntei assustado. — Como sabe meu nome?
—-Meu nome é Tony e eu sei tudo sobre você, não apenas seu nome!
—Como assim? De onde o senhor veio? Do espaço?
—De um planeta chamado Suster!
—Suster! Outro planeta?
—Isto mesmo! E é pra lá quê estamos levando você!
—Estão me levando? Em quantos são vocês?
—Aqui na nave? Ou em nosso planeta?
—Na nave?
—Apenas dois!
—E esse troço? Já tá voando?
—Desde que a porta se fechou!
—Não pode ser! Eu quero descer! Abra essa porta!
—Impossível Regis! Já estamos muito longe de sua Terra! Já estamos fora do sistema solar!
—Não pode ser! — Duvidei. — Acabei de entrar!
—Aqui dentro, o tempo é diferente de seu tempo lá fora. Essa nave voa a milhões de quilômetros por hora!
—Só tenho nove anos, mas não sou tão bobo! — Neguei convicto. — Nada do mundo pode voar a milhões de quilômetros por hora!
—Não soube me expressar Regis! — Riu o homem zombeteiro. — Milhões de quilômetros por minuto.
—Por acaso, hoje li em meu livro de ciências, que não existe nada no mundo capaz de voar a mais que quatro mil quilômetros por hora.
—Seu livro não sabe nada! — Riu o homem. — No espaço sideral não existe gravidade e o tempo é bem diferente do seu!
—O que?
—Esqueça atmosfera terrestre, ionosfera, troposfera, extratosfera e tudo mais que você aprendeu sobre espaço e tempo. Como já lhe disse: estamos fora de seu sistema solar.
— Mas por que vocês estão me sequestrando? Eu sou um menino pobre! Não tenho dinheiro pra dar a vocês

Eis que um estranho objeto o deixa paralisado pela surpresa.
Visão do espaço sideral através da cabine do OVNI
Suster - Um planeta idêntico à Terra
 Um local de natureza exuberante e sem devastação.
 Lembrança da escola que ficou distante.

 E minha privacidade? Um robô susteriano não lhes dava este privilêgio.
 Raro momento de descontração com um amigo metalizado.
 A tristeza se faz presente na maior parte de seu tempo


 Um parque de diversões idêntico aos da Terra
Três naves assassinas.
 As belezas de um espaço desconhecido aos seres humanaos.
 Em um mundo perdido, prestes a ser devorado vivo.
 Até parece o seriado "Terra de gigantes"

 Regis encontra Mira. 8 vezes maior que ele.

 Alguem teria que demonstrar uma grande prova de amor.
 Não é isso mesmo Regis?
Celso e Leandro, que serviu de modelo para as fotos.

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