segunda-feira, 14 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
REGIS UM MENINO DO PLANETA TERRA
Vol.4
Vol.4
Um pouco do primeiro capítulo
Devido ter
permanecido durante muitos anos sequestrado, vivendo em Suster, outro planeta
da Via Láctea, porém fora do sistema solar, eu, agora, de volta à Terra; embora
culto, formado em medicina pediátrica,
tinha a aparência física e atitudes, de um menininho de apenas nove anos
de idade.
Devido sempre
ter o dia lotado com atividades, de certa forma profissionais e depois,
brincadeiras com outros meninos de minha faixa etária “aparente”, adquiri um
costume em dormir muito cedo; portanto, às nove horas da noite, resolvi deitar
um pouco, antes de seguir para a festa de debutantes de Letícia, a filha de
Elizabeth. Festa esta, que com certeza, duraria a noite toda.
Dez
minutos depois, já estava cochilando, quando alguém bateu na porta e mamãe a
abriu:
—
Regis! — Disse ela surpresa. — Pensei que já estivesse na cama!
O
que será que meu sobrinho viera fazer em casa àquela hora! Pensei. Ele, que
ganhara meu nome de seu pai Paulinho, em minha homenagem, realmente, por morar
próximo, vinha constantemente, mas sempre de dia. A não ser que ele fosse à
festa de Letícia comigo! Não tinha me dito nada, mas ele também contava seus
quinze anos de idade e também fora convidado.
—
Onde arranjou esta roupa? — Insistiu mamãe.
E
por que será que ele permanecia quieto? Ele sempre foi um menino hiperativo e
falava mais... do que como dizem, o homem da cobra.
Levantei-me,
indo de encontro a ele e mamãe, tendo uma grande surpresa e calafrio ao mesmo
tempo. Na porta de entrada de casa, parado em silêncio e apesar do calor que se
faz no mês de março, trajando blusa amarela e preta, calça jeans, tênis branco
e azul de marca desconhecida, um relógio dourado no pulso direito, estava eu...
Mas como eu? Acho que já teria dormido e estava sonhando...
Aproximei-me
devagar e mamãe se apavorou, ao perceber que estava diante de dois Regis,
idênticos.
—
Você veio ficar conosco? — Perguntei-lhe segurando sua mão.
—
Não! — Negou o outro Regis.
—
Então!?... O que está fazendo aqui?
—
Vim apenas fazer-lhe uma visita!
Não
era possível. Regis, com aquela aparência de menininho de nove anos de idade,
assim como eu, era nada mais, do que um clone de meu DNA, criado no planeta
Suster, para que aquele povo pudesse se sentir feliz novamente, ao lado de um
rostinho infantil. Estávamos no ano de dois mil e nove aqui na Terra e eu,
apesar de meu jeitinho criancinha, estava então com meus trinta e oito anos de
idade, se fossemos medir por uma pessoa da Terra. Mas eu, embora soubesse de
sua existência, não conhecia este outro menininho idêntico a mim, com mesmo
rosto, tamanho, corpo, fisionomia e jeito criança mimada.
—
Por que essa tal visita, se você nem mesmo me conhece? — Insinuei duvidoso.
—
Por isso mesmo! — O alegou, rindo. — Durante muitos anos, sempre quis vir até
aqui, mas o senhor Frene nunca permitiu.
—
Vieste sozinho? — Perguntou-lhe mamãe.
—
Não! Um amigo me trouxe!
Naquele
instante, na entrada da porta, surgiu Erick, meu amigo terráqueo, que estava em
Suster a mais de vinte anos e embora, também já estivesse com seus quase
quarenta anos de idade, aparentava um jovenzinho de dezessete, ou seja: com a
mesma aparência de quando deixou nosso mundo, em troca de viver em um local a
oitenta e sete anos luz, considerado planeta imortal, dominado por uma raça
humana, mais avançada do que o nosso povo da Terra.
—
Erick! — Gritei admirado, abraçando-o. — Você não mudou nada! Continua uma
criança!
—
Você continua uma criança! — Ironizou ele. — Eu já passei dessa fase.
—
O que vieram fazer aqui? — Questionei-lhes duvidoso.
—
Apenas matar minha saudade e curiosidade de seu irmão gêmeo.
—
Onde está a aeronave?
—
Escondida da curiosidade humana! — Riu Erick.
—
Onde?
—
Não está na Terra! — Negou meu sósia.
—
Onde puseram?
—
A algumas dezenas de quilômetros no espaço. — Explicou Erick, fazendo gesto. —
Acima da mesosfera.
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Regis o menino do planeta Terra
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