domingo, 3 de junho de 2012

Um Menino no Espaço - 2ª parte.
Um pouco do primeiro capítulo

De volta ao lar

        Eram pouco mais das dez horas da noite, quando adentrei à varanda de minha casa, que até parecia morta, sem nenhuma luz acesa. Com certeza, todos dormiam. Bati na porta e segundos depois, ela se abriu, onde pensando ser um bonito sonho, mamãe me abraçou chorando:
        — Meu filhinho! Não é possível! Você aqui!
Era possível sim. Fazia quase um ano em que me encontrava ausente, sem que eles tivessem qualquer notícias. Agora ali, eu também chorava de alegria.
       Ouvindo o barulho, papai também se levantou e como mamãe, me abraçou emocionado.
      — Filho, onde você estava? Nós ficamos quase loucos, procurando por você em todos os lugares deste mundo!
      Seria muito difícil explicar a eles o que se passara. Eu retornava de uma longa viagem (longa mesmo).
      — Regis, faz um ano em que você sumiu de casa! — Insinuou mamãe. — Um ano sem dar notícias filho! O que houve com você? Você fugiu de casa?
      — Mamãe, a senhora não acreditará em mim!
      — Foi por causa de eu ter lhe castigado naquele dia! Não foi? Onde você se escondeu por todo esse tempo?
      — Eu não fugi de casa mamãe! Acredite em mim!
      — Claro que acreditaremos em você filho! —Exclamou papai. — Onde você esteve todo esse tempo?
       — Estive muito longe daqui.
       — Longe, onde? —Perguntou-me papai.
       — Estive em outro planeta, que está a oitenta e sete anos-luz daqui.
       —Outro planeta! — Admirou-se papai. — Como assim?
       — Não importa filho! — Alegou mamãe, talvez não acreditando muito. — O importante é que você voltou. Deve estar cansado. Vamos dormir um pouco.
       Guardei meu material escolar, que ainda estava em minhas mãos e logo depois, protegido por meus pais, que ainda não acreditando em meu retorno, fui dormir.
        Como eu era apenas um menino, acabei por adormecer rapidamente; porém, meus pais, devido o acontecido, provavelmente, passaram a noite toda, sem conseguir fechar os olhos.
©©©
Na manhã seguinte, levantei-me às nove horas, vesti uma de minhas antigas roupas e na cozinha, encontrei meus cinco irmãos reunidos com mamãe, que naturalmente, já havia lhes explicado sobre meu retorno.
Fui direto ao banheiro e em seguida, tomei dois copos de café com leite e dois pães, que estavam a maior delícia do mundo, pois aquilo era algo que não fazia a um ano.
Após este café, mamãe me abraçou, perguntando-me:
— Como você foi parar neste tal planeta, que você disse?
— Fui raptado mamãe, por Tony e Rud, em uma gigantesca espaçonave preta e dourada. A Beth, que estava comigo, veio da escola por outro caminho e então, eles me raptaram.
— Te raptaram por quê?
— Porque eles me amam muito, mamãe.
— Te amam?
— É! O senhor Frene, me ama como a um filho e todos os outros Susterianos também. O senhor Frene, me vê na Terra, a todo o momento. Agora por exemplo, com certeza, ele está nos vendo. Ele só me devolveu, para demonstrar uma grande prova de amor.
Naquela mesma manhã, andando de bicicleta, me encontrei com Beth, que pensando ser um fantasma, se assustou, a me ver.
— Regis, onde você esteve?
— É uma longa história, Beth.
— Eu achava que você tivesse morrido naquele mato.
— Não morri! Vê? — Ironizei rindo. — Estou aqui em carne e osso!
— As pessoas te procuraram muito, por todo lado, mas nunca te encontraram. Achavam que algum maníaco tivesse te matado e escondido o corpo.
— Credo! Maníaco? Eu hem!
— Ninguém some assim! Como você fez!
— Você cresceu Beth. Era de meu tamanho. Agora está maior!
— Você que não cresceu nada. Continua igual ao dia em que desapareceu.
— É. Onde eu estava às pessoas não crescem assim tão rápido.
— Eu já estou no quarto ano e você repetiu. É claro!
— Eu sei! Você tem dez anos e eu também. Só que aparento ter nove. Ah! De onde eu venho, eu já teria quinze anos.
— Deixe de ser mentiroso!
— Não é mentira não! Lá o ano é mais curto que aqui e o engraçado é que o dia é bem mais longo e também não existem noites.
— Então deve ser muito gostoso por lá!
©©©
Dias depois, com a ajuda da mamãe e carinho de dona Regina, a mesma professora do ano anterior, consegui retornar à escola; pois o ano letivo, mal se iniciara. Estávamos no final do mês de março de oitenta e um. Beth, ainda era minha parceira de caminhada para a escola, porem, não colega de classe. Eu voltara a frequentar a mesma terceira série.
©©©
Devido contar alguma coisa sobre meu sequestro a quase todos meus amigos, a conversa acabou indo parar nos ouvidos de repórteres de televisão, que abelhudos, vieram investigar o caso, acabando sendo mostrado não só para o Brasil, mas até no exterior, onde os governadores se interessaram e também, vieram investigar. Com isto, minha história, acabou parando nos ouvidos de quem mais se interessava: os engenheiros da NASA (americana). E foi por isto, que representantes do governo brasileiro, nos visitaram e então disseram a papai:
— O governo americano, convidou Regis e vocês, para fazer uma visita à NASA, com tudo pago.
Antes que papai dissesse alguma coisa, decidi imediatamente:
— Não quero ir, papai!
— Como não, garoto! — Estranhou o homem. — Todos os garotos, sonham em conhecer a NASA.
— Eu não sonho! — Neguei prontamente.
— Será importante para a humanidade, menino.
— Eu não quero ir! — Neguei, saindo da sala.
Papai continuou conversando com aquele engravatado e eu, sabendo que podia confiar nele, fui brincar com outros amiguinhos.
Poucas horas mais tarde, retornando para casa, papai veio a meu encontro dizendo:
— Regis, nós viajaremos para os Estados Unidos, dentro de uma semana, mais ou menos.
— Nós, quem?
— Eu, você e o doutor Marcelo.
— Quem é doutor Marcelo?
— Aquele homem que esteve aqui.
— Eu não irei!
— Será importante filho. Ao mundo e a você.
— Importante pra mim! Me investigarem? Já passei por isso, papai. Me deixaram sem roupa! Não quero!
— Eles só querem te ouvir. Estudar alguma coisa que você viveu e aprendeu. Saber onde você realmente esteve...
— Eu não aprendi nada que interessa a eles.
— Aprendeu sim Regis. Não vai te acontecer nada! Eles só irão conversar com você.
— Já disse que não quero ir!
Disse que não iria, mas fui. Nunca vi um passaporte e um visto de entrada para os Estados Unidos da América, ficar pronto em tão curto espaço de tempo.
Era terça-feira de manhã, quando um carro do governo do estado de São Paulo, estivera em casa, com duas pessoas; uma delas apanhou um aparelho esquisito e dentro de casa, pediu licença e foi esfregando aquilo em mim.
— O que é? — Perguntei-lhe.
— Testa pra ver se você está com radioatividade.
— Sai de mim, sô! Não tenho nada disso não!
— Precisamos examinar. Em Angra faremos um teste em seu sangue.
Olhei triste para papai e reclamei indisposto:
— Já disse que não queria ir!
— Nada de mal vai lhe acontecer garoto! — Afirmou o homem. — Pode acreditar!
— Já está acontecendo! Primeiro vem essa porcaria, depois, enfiarão agulhas em meu braço... Depois com certeza, me mandarão ficar pelado... — Não que seja mariquinha, mas estava com lágrimas. — Papai!
 A visita a um dos maiores CPDs do mundo. NASA

Ainda na NASA - Cabo Canaveral. - Florida
 15 mil pessoas trabalham neste local.

Regis conhece Erick - Um novo amigo

Novamente o disco voador

 De repente uma longa viagem

 Sem atividades durante a viagem, desenhar é uma boa opção.


As maravilhas do espaço que oferecem uma visão especial

 Em um mundo perdido, o improviso para não ficar despido.

 Uniforme que ganhara da NASA

 Dentro do grande disco voador.

Cidade de Orington - Planeta Suster (semelhante à Terra)

 Sobre mureta em complexo de piscinas de hotel em Orington.

 Para se esquecer da amada Terra, Regis precisava passar por pequena cirurgia.

Um robô susteriano não lhe dava privacidade. Nem no banho!

 As inúmeras tentativas de fuga.





Celso e Leandro.
O qual serviu de modelo para as fotos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário